Consultoria técnica no abate é ponto chave no lucro do pecuarista

Consultoria técnica no abate é ponto chave no lucro do pecuarista

Consultoria técnica no abate é ponto chave no lucro do pecuarista

Com freqüência o tema provoca controvérsia entre pecuaristas e frigoríficos, mas de fato a consultoria técnica no abate ajuda no rendimento de carcaça.

Atualmente a cadeia da bovinocultura de corte consiste num segmento do agronegócio brasileiro de elevada concorrência, incertezas e redução continuada das margens de ganho. Os sistemas de produção de gado de corte são complexos e diversificados, não havendo fórmulas e nem recomendações únicas que possam ser largamente aplicadas por todo o Brasil.

Devido à falta de um padrão nacional de limpeza de carcaça no Brasil e por especificidades industriais, cada frigorifico estabelece critérios próprios de esfola, evisceração e toalete, o chamado P.O.P (Procedimento operacional padrão), e para que sejam realizados os procedimentos de forma padronizada, alguns pecuaristas têm recorrido a uma consultoria técnica para acompanhar seus lotes. A ideia é ter a supervisão de profissionais capacitados durante o abate, capazes de avaliar e garantir a qualidade do processo.

Qual o trabalho do consultor de abate

O profissional acompanha todo o processo de abate, desde a chegada dos animais no curral até o ultimo animal pesado na balança. Através de um olhar crítico e conhecimento técnico, o consultor garante que os processos de esfola (remoção do couro), evisceração (retirada das vísceras), toalete (remoção de membranas, nervos, sebo e possíveis contaminações), tipificação (determinação da classe e tipo de animal), e normas de bem-estar animal sejam aplicadas.

Importância da consultoria

Através de uma avaliação do histórico dos animais e do acompanhamento do abate no frigorifico, a proposta de uma empresa especializada é ser os “olhos do pecuarista” dentro da indústria. “O que garantimos é o respaldo técnico em todas as etapas do processo. Cada vez que a carcaça passa por um dos procedimentos, é preciso que se cumpram os padrões acordados. A partir disso, caso detectamos qualquer desvio do padrão, conseguimos corrigir imediatamente, evitando prejuízos ao pecuarista.” Relata a Zootecnista e sócia proprietária da Pró Arroba, empresa do segmento, Lawrene Antunes.

Segundo a empresária, cada frigorífico tem seu P.O.P (Procedimento operacional padrão), mas existe uma base, que se iguala muito em alguns aspectos. Sua estratégia é proporcionar uma uniformidade e o monitoramento completo até a chegada da carcaça na balança. “Até a balança esse animal ainda é do pecuarista e ele tem direito a uma supervisão.”

Resultados na prática

É muito importante atender a necessidade de cada produtor rural e de sua atividade, por isso, após o abate é feito um relatório completo que inclui informações como peso de carcaça, rendimento, acabamento de gordura, abcesso de vacina, hematomas, score ruminal, bonificações e penalizações, que vão proporcionar e auxiliar o produtor na sua tomada de decisões.

“A nossa consultoria é sobre tudo um feedback de todo sistema de produção dos nossos clientes. Após o abate é que ele vai saber onde teve sucesso e o que ele precisa melhorar: Manejo nutricional, genética, manejo de curral, sanidade e etc”, conclui a Zootecnista, consultora da Pró arroba, Isabela Vieira.

As consequências afetam o produtor rural e a indústria, uma vez que os contratos que exigem uniformidade.

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